perspectiva no horizonte

Vacinação pode começar já em dezembro, diz ministro

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Folhapress

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta-feira que é possível começar a vacinação contra a Covid-19 em caráter emergencial da população em dezembro ou janeiro, dependendo da autorização concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e também da entrega das vacinas pelos laboratórios. 

As informações foram dadas na manhã desta quarta-feira em entrevista à CNN. No dia anterior, Pazuello fez um pronunciamento para a imprensa, mas não citou detalhes sobre o plano de vacinação.

- O uso emergencial pode acontecer agora em dezembro, em hipótese, se nós fecharmos o contrato com a Pfizer. O "se" é porque o contrato está sendo fechado. Desculpa o gerúndio. Se a Pfizer conseguir autorização emergencial e se a Pfizer nos adiantar alguma entrega, isso pode acontecer em janeiro, final de dezembro - disse o ministro.

E, na sequência, ele acrescentou:

- Isso em doses pequenas, em quantidade pequenas, que são de uso emergencial. Isso pode acontecer com a Pfizer, pode acontecer com o Butantan, com a AstraZeneca, mas isso aí é foro íntimo da desenvolvedora. Não é uma campanha de vacinação. 

COMEÇO IMEDIATO
Um dia antes, o presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, disse que é possível começar a vacinação quase imediatamente após um registro emergencial da Anvisa. Murillo diz acreditar que, dependendo do avanço das conversas e das análises pelos órgãos brasileiros, o processo de vacinação possa ter início em janeiro. 

- Estamos trabalhando para começar a vacinar quase imediatamente após recebida a aprovação de uso emergencial por parte da Anvisa - afirmou, citando que, no caso do Reino Unido, a autorização sanitária foi dada na semana passada e a vacinação começou na última terça.  

Segundo ele, a empresa se compromete com a entrega das doses até os pontos de vacinação a serem definidos pelo governo, e não apenas descarregar as doses num aeroporto, por exemplo. 

AUTORIZAÇÃO E DOSES
A autorização emergencial para as vacinas passou a ser prevista após adoção do processo pela Anvisa, na semana passada. O aval será concedido rapidamente caso os critérios sejam atingidos para imunizações ainda em fase de estudo. No entanto, essa vacinação vale para um grupo específico, e não para toda a população brasileira. 

O país terá ao menos 300 milhões de doses de vacinas a partir do ano que vem. São 100 milhões da AstraZeneca/Universidade de Oxford, 160 milhões dessa vacina a serem produzidas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e mais 40 milhões do consórcio internacional Covax Facility. O Ministério da Saúde também informou que assinou um termo de intenção de compra de 70 milhões de doses da Pfizer.

- Se esse registro chegar para nós em janeiro, nós já teremos doses da Pfizer e doses da AstraZeneca entregues. Se o Butantan já estiver com seus registros, já teremos Butantan também. Os quantitativos dependem da previsão da entrega - disse o ministro.

O ministro também disse que espera a conclusão dos testes clínicos das vacinas no Brasil para o fim de dezembro, em especial da AstraZeneca e da Pfizer - a primeira já foi adquirida pelo governo federal e a segunda está em processo de negociação de contrato.

Pazuello disse que estão previstas para chegar em janeiro 15 milhões de doses da vacina desenvolvida pela AstraZeneca e outras 500 mil da imunização da Pfizer. O ministro disse que não tem informações sobre a Coronavac, vacina do Butantan em parceria com a chinesa Sinovac.

(Com informações da Folhapress)

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